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A NOVE DOIS é uma banda do suburbio carioca, de hardcore mesclado com metal e rap, livre de rótulos ou denominação conversamos Erick Kallut, vocalista da banda, que nos falou um pouco sobre a banda.
Cenário Zine - Primeiramente uma
grande curiosidade, o que significa o nome da banda A NOVE DOIS e aproveite
fale de como surgiu a banda?
R: Bom, o nome surgiu por uma
época da molecada mesmo, queríamos passar uma idéia de união e alguma coisa que
soasse forte, então, o nome A NOVE DOIS vem de uma numeração de caminhão de
entulho da comlurb. Uma parada de radioatividade mesmo, era isso que tínhamos
em mente na época. Isso aconteceu no final de 2009 quando pensei em formar uma
banda e chamei o cássio que é o nosso baixista e que faz parte até hoje e os
outros caras vieram com o tempo mesmo de rolé de skate e amizade.
Cenário Zine - A sonoridade da A NOVE
DOIS é bem mesclada indo do Hardcore ao Metal, passando pelo Rap, mas uma
definição especifica é bem difícil. As influências creio que são várias, diga
um pouco como foi essa junção até a formação do som de vocês?. E quais a
influências principais você destacaria.
R: A NOVE DOIS é muito
louca mesmo. A idéia inicial sempre foi fazer um Hardcore digamos com influências
de outros estilos tais como o rap e metal. Aqui temos influências muito diversas.
Eu por exemplo sou do cenário Hardcore, mas tenho bastante influência de Rap. O
Cássio (Baixista) tem influências diversas, mas as mais fluentes são de som bem
pesado em todos os sentidos tanto literário quando melódico. O Márcio
(Guitarrista) já tocou em uma banda Black Metal então, tem muita influência de
banda de metal no geral e Hardcore. O Enderson (Baterista) tem influências que
vai de Hardcore melódico até N.Y.H.C. No geral o que tínhamos em comum era o
Hardcore puxado mais pro N.Y que é o que temos mais em comum no geral. São
muitas influências, mas destaco algumas como Madball, Terror, Comeback Kid,
Ratos de Porão, Dead Fish, Sick Of It All, Deez Nuts, Biohazard, Facção
Central, Suicidal Tendencies, H2o e Racionais.
Cenário Zine - Já pude conferir 3 shows
de vocês, é muito bom o chamado que você convoca a galera chegar junto, das primeiras apresentações até hoje. Como
tu vê a evolução da banda?
R: É, tento fazer o meu
melhor naquilo que me proponho a fazer que é subir no palco e mostrar meus
sentimentos de tristeza, amor, revolta, paz e muitos outros que compõem A NOVE
DOIS. Acho que essa 3ª formação está bem sólida, com a entrada do Enderson na batera
e o Marcio na guitarra deram uma maturidade maior pra banda e uma sonoridade
mais pegada, é o que queríamos muito que acontecesse e aconteceu.
Cenário Zine - "Ninguém é
testemunha" primeiro trabalho da banda, sempre ouço e achei a gravação
muito boa. Conte sobre o processo de gravação e produção, desse CD.
R: Esse é o nosso primeiro
trabalho e foi lançado em fevereiro de 2011, foi gravado no estúdio Pyro – z aqui
no rio, estúdio dos brothers Rômulo e Murilo da banda de Metal Dark Tower. Esse
cd tem um título muito forte na minha opinião ainda mais por ser gravado na
transição da segunda formação para a terceira.
Cenário Zine - E as inspirações das
letras?
R: Minhas inspirações não
seguem muito uma linha, elas variam bastante desde visão a crítica política,
passando por desilusões da vida e coisa boas também até a existência do ser
humano no geral.
Cenário Zine - Gostaria de destacar "Gracias Madre", de
contexto bem pessoal e familiar , falando mãe. Como surgiu essa letra?
R: Rs, é engraçado como escrevi essa letra. Essa letra surgiu na volta de uma entrevista de emprego pra telemarketing. E na volta dentro do trem eu estava pensando como os tempos estão difíceis e o quanto os pais de família se matam pra sobreviver com um salário ridículo e humilhante de R$ 622,00 reais. E também o lance de o quanto eu precisava tomar a minha independência da minha mãe e da vida no geral e o quanto isso me influência diante da sociedade. Esse trecho descreve bem o que é: ‘’Os tempos mudaram as coisas estão mais difíceis, já não devo mais ter a opção de ir encontro ao teu colo. Preciso fazer isso sozinho agora, continuar em seus laços só me faria enfraquecer.’’
Cenário Zine - Entre intervalos de show, já trocamos umas idéias e você me contou sobre
uma coletânea, a qual A NOVE DOIS fará parte e sobre um novo single que você
estão gravando com participação Reynaldo Cruz (Plastic Fire). Dá visão sobre
essas novidades?
R: Então, esse ano está
bem cheio de novidades. Vamos fazer parte de uma coletânea em tributo a banda
OVERLIFE INC que está comemorando 18 anos de estrada, e os line up das bandas
que vão fazer parte dessa coletânea é de destruir, bandas como: Dead Fish, Plastic
Fire, Bullet Bane, Blackjaw, Horace Green, Iodo, La marca e por aí vai. E também
ainda esse ano vamos começar a pré -
produção do nosso novo disco. E vamos lançar um single que contará com a
participação do nosso brotherzaço Reynaldo Cruz do Plastic Fire. Estamos muito
ansiosos e trabalhando bastante para que role tudo perfeitamente no esquema.
Gostaria de agradace a A NOVE DOIS pelo tempo e paciência e vida longa a banda!
Desde já agradeço aí
Anderson pelo espaço e pela moral e parabenizar a iniciativa do blog, e que
continue assim apoiando o cenário independente.
A NOVE DOIS:Cássio (Baixo),Eric (Vocal),Marcio(Guitarra) e Enderson (Bateria)
Link's e contato A NOVE DOIS
anovedois@hotmail.com
Entrevista feita por Anderson Fino
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