quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entrevista A NOVE DOIS

A

 A NOVE DOIS é uma banda do suburbio carioca, de hardcore mesclado com metal e rap, livre de rótulos ou denominação conversamos Erick Kallut, vocalista da banda, que nos falou um pouco sobre a banda.
 

 Cenário Zine - Primeiramente uma grande curiosidade, o que significa o nome da banda A NOVE DOIS e aproveite fale de como surgiu a banda? 

R: Bom, o nome surgiu por uma época da molecada mesmo, queríamos passar uma idéia de união e alguma coisa que soasse forte, então, o nome A NOVE DOIS vem de uma numeração de caminhão de entulho da comlurb. Uma parada de radioatividade mesmo, era isso que tínhamos em mente na época. Isso aconteceu no final de 2009 quando pensei em formar uma banda e chamei o cássio que é o nosso baixista e que faz parte até hoje e os outros caras vieram com o tempo mesmo de rolé de skate e amizade.

Cenário Zine - A sonoridade da A NOVE DOIS é bem mesclada indo do Hardcore ao Metal, passando pelo Rap, mas uma definição especifica é bem difícil. As influências creio que são várias, diga um pouco como foi essa junção até a formação do som de vocês?. E quais a influências principais você destacaria.


R: A NOVE DOIS é muito louca mesmo. A idéia inicial sempre foi fazer um Hardcore digamos com influências de outros estilos tais como o rap e metal. Aqui temos influências muito diversas. Eu por exemplo sou do cenário Hardcore, mas tenho bastante influência de Rap. O Cássio (Baixista) tem influências diversas, mas as mais fluentes são de som bem pesado em todos os sentidos tanto literário quando melódico. O Márcio (Guitarrista) já tocou em uma banda Black Metal então, tem muita influência de banda de metal no geral e Hardcore. O Enderson (Baterista) tem influências que vai de Hardcore melódico até N.Y.H.C. No geral o que tínhamos em comum era o Hardcore puxado mais pro N.Y que é o que temos mais em comum no geral. São muitas influências, mas destaco algumas como Madball, Terror, Comeback Kid, Ratos de Porão, Dead Fish, Sick Of It All, Deez Nuts, Biohazard, Facção Central, Suicidal Tendencies, H2o e Racionais.  




Cenário Zine - Já pude conferir 3 shows de vocês, é muito bom o chamado que você convoca a galera chegar  junto, das primeiras apresentações até hoje. Como tu vê a evolução da banda?

R: É, tento fazer o meu melhor naquilo que me proponho a fazer que é subir no palco e mostrar meus sentimentos de tristeza, amor, revolta, paz e muitos outros que compõem A NOVE DOIS. Acho que essa 3ª formação está bem sólida, com a entrada do Enderson na batera e o Marcio na guitarra deram uma maturidade maior pra banda e uma sonoridade mais pegada, é o que queríamos muito que acontecesse e aconteceu.


Cenário Zine - "Ninguém é testemunha" primeiro trabalho da banda, sempre ouço e achei a gravação muito boa. Conte sobre o processo de gravação e produção, desse CD. 

R: Esse é o nosso primeiro trabalho e foi lançado em fevereiro de 2011, foi gravado no estúdio Pyro – z aqui no rio, estúdio dos brothers Rômulo e Murilo da banda de Metal Dark Tower. Esse cd tem um título muito forte na minha opinião ainda mais por ser gravado na transição da segunda formação para a terceira. 



Cenário Zine - E as inspirações das letras?

R: Minhas inspirações não seguem muito uma linha, elas variam bastante desde visão a crítica política, passando por desilusões da vida e coisa boas também até a existência do ser humano no geral.


Cenário Zine - Gostaria de destacar "Gracias Madre", de contexto bem pessoal e familiar , falando mãe. Como surgiu essa letra? 

R: Rs, é engraçado como escrevi essa letra. Essa letra surgiu na volta de uma entrevista de emprego pra telemarketing. E na volta dentro do trem eu estava pensando como os tempos estão difíceis e o quanto os pais de família se matam pra sobreviver com um salário ridículo e humilhante de R$ 622,00 reais. E também o lance de o quanto eu precisava tomar a minha independência da minha mãe e da vida no geral e o quanto isso me influência diante da sociedade. Esse trecho descreve bem o que é: ‘’Os tempos mudaram as coisas estão mais difíceis, já não devo mais ter a opção de ir encontro ao teu colo. Preciso fazer isso sozinho agora, continuar em seus laços só me faria enfraquecer.’’


Cenário Zine - Entre intervalos de show, já trocamos umas idéias e você me contou sobre uma coletânea, a qual A NOVE DOIS fará parte e sobre um novo single que você estão gravando com participação Reynaldo Cruz (Plastic Fire). Dá visão sobre essas novidades?

R: Então, esse ano está bem cheio de novidades. Vamos fazer parte de uma coletânea em tributo a banda OVERLIFE INC que está comemorando 18 anos de estrada, e os line up das bandas que vão fazer parte dessa coletânea é de destruir, bandas como: Dead Fish, Plastic Fire, Bullet Bane, Blackjaw, Horace Green, Iodo, La marca e por aí vai. E também ainda esse ano vamos começar a pré -  produção do nosso novo disco. E vamos lançar um single que contará com a participação do nosso brotherzaço Reynaldo Cruz do Plastic Fire. Estamos muito ansiosos e trabalhando bastante para que role tudo perfeitamente no esquema.

Gostaria de agradace a A NOVE DOIS pelo tempo e paciência e vida longa a banda!

 Desde já agradeço aí Anderson pelo espaço e pela moral e parabenizar a iniciativa do blog, e que continue assim apoiando o cenário independente.



A NOVE DOIS:Cássio (Baixo),Eric (Vocal),Marcio(Guitarra) e Enderson (Bateria)


Link's e contato A NOVE DOIS 

 










Contatos para shows e perguntas: 
anovedois@hotmail.com  


Entrevista feita por Anderson Fino

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